Aprovada a Cidadania Honorária de Curitiba para Zélia Gomes de Jesus Scholz

por Sophia Gama*, especial para a CMC — publicado 09/11/2021 16h30, última modificação 09/11/2021 16h30
A artesã vendeu suas obras entre 1977 e 2016, na feirinha do Largo da Ordem. A homenagem póstuma é de iniciativa de Marcos Vieira.
Aprovada a Cidadania Honorária de Curitiba para Zélia Gomes de Jesus Scholz

A homenagem partiu do vereador Marcos Vieira, visando reconhecer o trabalho da artesã e incentivar outros artistas do meio. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

A artista mineira, residente de Curitiba desde 1971, Zélia Gomes de Jesus Scholz, foi homenageada na sessão plenária desta terça-feira (9) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), com o título de Cidadã Honorária da capital. A indicação, de Marcos Vieira (PDT), concede o título in memoriam para artista, que faleceu em julho deste ano, devido a complicações relacionadas à doença de Alzheimer (006.00015.2021, com substitutivo geral 031.00088.2021).

“Considero muito importante reconhecermos quem faz história na cidade. E Curitiba é feita de pessoas que merecem o reconhecimento, homenagens, até mesmo para que outras sintam-se motivadas a continuar contribuindo. Todos aqueles que passaram pela feira do Largo da Ordem, não só os moradores de Curitiba, conhecem a Dona Zélia”, disse Marcos Vieira, iniciando a discussão com um vídeo sobre a artesã. O vereador então contou um pouco mais sobre a história da homenageada.

Zélia nasceu na cidade de Jacutinga, MG, no dia 24 de novembro de 1931. Sua mãe, Maria José Gomes Correa, tinha como um dos afazeres a tecelagem, interesse que herdou de sua mãe, Ana Maria Marques, e de sua avó, Maria Silveria. Para Zélia não foi diferente: desde muito cedo mostrava sua veia artística, através de desenhos, pinturas, bordados, entre outros. Ainda com 12 anos, teve seu primeiro contato com tear, através de sua avó, que a ensinou a colocar os fios na máquina.

Porém, apenas em 1971, quando se mudou para Curitiba com seu marido e seis filhos, que começou a trabalhar com lã e tecelagem, inicialmente como hobby, mas mais tarde como profissão. ”Dona Zélia”, como era conhecida no meio artístico, deu cursos de bordado e de tecelagem, na Fundação Cultural de Curitiba, a convite da ex-vereadora Julieta Reis. O primeiro curso foi um sucesso, contando com 22 alunas. A partir de então, permaneceu até 1984, como Instrutora de Tecelagem e Macramê.

Ainda em 1977, Scholz começou a expor seus trabalhos na feira de artesanato do Largo da Ordem. Tornou-se atração do local, reunia diversas pessoas em volta de sua barraca, que vinham assistir toda a realização do processo de fabricação artesanal da lã de carneiro. Permaneceu na feira até 2016, quando começou a apresentar sintomas de Alzheimer, doença neurodegenerativa progressiva.

Herivelto Oliveira (Cidadania) parabenizou o vereador Marcos pela iniciativa, afirmando que mesmo que a homenagem seja agora póstuma, a família de Dona Zélia ficará honrada com o título.

Zélia Gomes faleceu no dia 17 de julho deste ano, por complicações relacionadas à doença de Alzheimer. Em homenagem ao seu trabalho dedicado à arte e ao amor, o jornal Folha de São Paulo noticiou seu falecimento.

O substitutivo geral da proposta foi aprovado com 32 votos em plenário, 2 abstenções e 1 ausência.

Você pode assistir a sessão na íntegra aqui, ou através dos canais digitais da CMC, como Youtube, Facebook ou Twitter. Outras sessões, audiências e reuniões também ficam disponíveis.

*Notícia elaborada pela estudante de Jornalismo Sophia Gama*, especial para a CMC

Supervisão do estágio: Fernanda Foggiato

Revisão: Filipi Oliveira