Apresentada por 10 dos 38 vereadores de Curitiba, a Cidadania Honorária a Hélio Pereira Cury, ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) e vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi aprovada em primeiro turno pela Câmara Municipal de Curitiba, na sessão plenária desta terça-feira (23). Este é o título mais importante que o Legislativo concede a pessoas nascidas fora da capital. 

Nascido em São Paulo (SP) em 1950, Hélio Cury chegou a Curitiba aos 13 anos. Foi assessor do ex-prefeito de Curitiba, Maurício Fruet (1983 a 1986), e diretor de Esportes da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude na gestão Beto Richa (2005 a 2007). Sua história na Federação Paranaense de Futebol começou em 1985, quando foi convidado para ser primeiro vice-presidente. No final de 2007, assumiu pela primeira vez a presidência da entidade, interinamente, e eleito formalmente em 2008. 

“O dirigente permaneceu na presidência da federação até 2023, com grande contribuição ao futebol do Paraná e, principalmente, de Curitiba, valorizando o esporte da Capital. Seu mandato foi dedicado ao reestabelecimento da credibilidade da FPF, assim como à reorganização e à recuperação financeira da instituição. Estima-se que sua administração saldou quase R$ 100 milhões em dívidas deixadas pelo seu antecessor”, diz a justificativa do projeto de decreto legislativo (115.00013.2023), que dará origem à homenagem. 

“Em 2022, Hélio Cury foi eleito vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, sendo um dos dirigentes no comando da entidade ao lado do presidente Ednaldo Rodrigues, tendo assumido a presidência interina da entidade máxima do futebol brasileiro já nos primeiros meses de mandato, que vai até 2026”, complementou um dos autores da homenagem, Sabino Picolo (PSD).

Além de Picolo, a Cidadania Honorária é assinada por João da 5 Irmãos (MDB), Jornalista Márcio Barros (PSD), Mauro Bobato (PP), Mauro Ignácio (PSD), Nori Seto (PP), Rodrigo Reis (PL), Sargento Tania Guerreiro (Pode), Sidnei Toaldo (PRD) e Tito Zeglin (MDB). O projeto de decreto legislativo recebeu 22 votos “sim” e 2 abstenções, das vereadoras Amália Tortato (Novo) e Giórgia Prates – Mandata Preta (PT).  

Aprovação não foi unânime, mas elogios ao dirigente pautaram debate

“Em 2 milhões de habitantes, a gente sempre pinça uma pessoa que fez muito pela cidade. E a homenagem a essa pessoa [Hélio Pereira Cury] está subscrita por dez vereadores”, disse Sabino Picolo. A homenagem foi amplamente debatida por ele, que foi aparteado por vários colegas, com elogios à história do empresário e dirigente esportivo, e sua atuação à frente da FPF, cujo mandato foi marcado pela recuperação da credibilidade, reorganização e recuperação financeira da instituição. 

“Ele tem fortalecido muito, no cenário brasileiro, o futebol paranaense. [À frente da Federação Paranaense de Futebol] ele conseguiu dar vida à federação, adquiriu esta sede nova no bairro Santa Quitéria. Falando como dirigente do futebol amador, o quanto ele tem colaborado e prestigiado o futebol amador, tanto nas categorias da série A, quanto na B e C. Este ano terá a série C do amador, é uma inovação da federação, fortalecendo os 75 bairros de Curitiba e a região metropolitana”, emendou Sidnei Toaldo. 

Na opinião de Rodrigo Reis, o homenageado “mudou a história da Federação Paranaense de Futebol, colocando ela dentro da CBF em uma posição privilegiada”. “Dignificou o futebol paranaense”, corroborou Mauro Ignácio. Na mesma linha de argumentação favorável, Márcio Barros afirmou que Hélio Cury ajudou a tirar a federação “das manchetes policiais, para que voltasse às manchetes esportivas”. Também elogiaram a atuação do dirigente, os vereadores Ezequias Barros (PRD), Mauro Bobato, Nori Seto e Tito Zeglin. 

A Cidadania Honorária é o título mais importante que o Legislativo pode conceder a pessoas nascidas fora da capital paranaense e que tenham contribuído para o desenvolvimento de Curitiba, nos termos da lei complementar 109/2018. Com o aval do plenário em primeiro turno, a homenagem ainda precisa passar por nova votação, nesta quarta-feira (24), antes de estar pronta para ser promulgada pelo presidente do Legislativo, Marcelo Fachinello (Pode).