Apresentado projeto inovador para o Barigüi

por Assessoria Comunicação publicado 01/08/2006 19h15, última modificação 10/06/2021 15h13
Em reunião de encerramento, a Comissão Especial que vem ouvindo diversos segmentos da sociedade sobre a utilização do Centro de Exposições do Parque Barigüi, convidou a opinar, nesta terça-feira (1º), o arquiteto Fernando Canalli. Através de slides, ele apresentou o projeto Gênese, propondo a remodelagem do centro com uma arquitetura ousada, além da criação de novos setores focados na melhoria da qualidade de vida do cidadão.
“As possibilidades que temos são infinitas. Todas as coisas podem ser encaixadas e desencaixadas, tudo depende das circunstâncias do período. Quando não se encaixam é uma sinalização do futuro”, disse o arquiteto, acrescentando que, por ter vindo do interior, o mato era muito importante para ele. Canalli lembrou que, quando aqui chegou, na década de 70, tomava banho, pescava e andava a cavalo no parque Barigui. “Sempre tive problemas de dores pelo corpo e comecei a andar no parque, percebendo que minhas dores acabaram. Com essas caminhadas, horários rigorosos e assiduidade, perdi 18 quilos. Então, elegi o lugar como uma clínica de fisioterapia, que acabou virando receita médica para a manutenção, prevenção e combate às doenças. Todos os grandes homens da história buscam a inspiração para suas criações caminhando”, disse.
Projeto
Na opinião de Canalli, o parque é uma das melhores formas de convívio de classes, onde ninguém se questiona e os olhares não são de avaliação. “Os parques de Curitiba são a válvula da panela de pressão da cidade. Como sofremos do paradoxo de sermos americanos, o parque nos torna mais brasileiros. Ainda temos segurança, pois, sem nenhuma lógica, as pessoas andam no sentido horário e anti-horário, uns olhando para as costas do outro, como que cuidando sem falar”.
O arquiteto, que demonstrou ser um grande apaixonado pelo parque, fez um projeto pensando na saúde e estética, ramos em ascendência, com faturamento certo. Com funcionamento das 6h às 24h, o centro seria todo de vidro na parte em frente ao parque, tendo no primeiro andar um centro comercial com livrarias, cyber café, materiais ortopédicos, escolas de línguas e culinária, vestuário e música clássica, alternativa e new age, além de acessórios e equipamentos esportivos para rapel, canoagem, montanhismo e danças. O pavilhão abrigaria, também, centros de estética e cosméticos. No piso superior, tipo mezanino, estariam os centros de nutrição, recreação, da terceira idade, os vigilantes do peso, postos de serviços de endocrinologia, do AA informativo e das secretarias municipais de Esporte e Lazer e Saúde. Ainda haveria o centro alternativo, com acupuntura, massagem terapêuticas, fitoterapia, piscinas, cromoterapia e quiroterapia, fisioterapia e centro de alimentação. Uma praça com um lago dentro do pavilhão também está no projeto. Este lago seria coberto quando da realização de eventos, como feiras, e o espaço funcionaria como prestação de serviços aos usuários do centro
Dizendo que o milagre do artista pode transformar uma coisa em excepcional e que a proposta era diferente de tudo o que tinha sido ouvido até então, a vereadora Julieta Reis, presidente da Comissão, salientou que “nossa grande oportunidade de mudar a situação é agora e, para durar mais 30 anos, não pode ser uma coisa acanhada”. Segundo a previsão do arquiteto, serão necessários perto dos R$ 20 milhões para a transformação. E estes setores de negócios, por estarem em ascendência, dariam uma saúde financeira de cerca de 20 anos para o centro. Também integram a CE os vereadores Rui Hara e Nely Almeida (PSDB). Agora, será feito um relatório final para encaminhamento à comissão da prefeitura de Curitiba que analisa a mês questão. Ficou marcada, ainda, uma visita da CE ao presidente do Ippuc, Luis Henrique Cavalcanti Fragomeni, na próxima sexta-feira (04).