Aposentados buscam valorização dos direitos
“Os sem-terra reivindicam terras que não são deles até conseguirem. E nós não temos capacidade de reivindicar algo que é nosso e não recebemos”, disse um dos sindicalistas presentes no seminário para aposentados e pensionistas, realizado nesta sexta-feira (5), na Câmara de Curitiba. O evento discutiu a situação atual e perspectivas futuras dos direitos sociais, em palestra proferida por Floriano Martins de Sá Neto, especialista em Previdência Social. O convite partiu da vereadora Renata Bueno (PPS).
Na opinião do especialista, o assunto é complexo porque a Previdência Social é uma área de conflitos permanentes ao longo dos governos. Neto sugeriu que a Câmara envie moção de apoio à aprovação, pelos parlamentares paranaenses no Congresso Nacional, de projetos de lei em tramitação que preveem reajustes aos benefícios previdenciários e o fim do fator previdenciário, que rege os cálculos do benefício. Deu, ainda, munição aos aposentados e pensionistas, para que auxiliem na luta pela melhora no sistema previdenciário junto ao governo federal.
Seguridade social significa articular previdência, saúde e assistência, políticas integradas e complementares, financiadas pela União, Estados, Distrito Federal e municípios, além das contribuições sociais. Para Neto, “a Previdência Social envolve muito dinheiro e, onde há dinheiro, há cobiça”, disse, explicando que ao invés de déficit, como é divulgado pela mídia mensalmente, há superávit na seguridade social. Porém, os governos destinam estes recursos para outras áreas. “No ano passado, R$ 192,4 bilhões foram utilizados em outras áreas que não saúde, previdência e assistência social, como rege a legislação. Outros R$ 190 bi foram utilizados para ajuste fiscal do governo, quando deveriam ir para a Previdência.”
A necessidade de registrar em carteira todo e qualquer trabalhador para que tenha direito à aposentadoria também foi destacada. “Contribuir com a Previdência é obrigatório. As pessoas não valorizam e acabam não contribuindo”, disse, lamentando que mais de 50% dos trabalhadores no País sejam informais, sem garantia de direito trabalhista algum no futuro. No Paraná, informou que são mais de 1,5 milhão de aposentados e pensionistas, sendo que mais de 1 milhão ganha apenas um salário mínimo, 447 mil, entre um e cinco, e apenas 186 recebem mais de dez salários. Do total, 573 mil são trabalhadores rurais.
Vereadores
Participaram do evento os vereadores Juliano Borghetti (PP) e Algaci Tulio (PMDB). Borghetti falou da importância do debate na Casa, já que, um dia, todos estarão aposentados e não vão querer ser abandonados quando mais precisarem. Citou o exemplo do pai, que chegou a receber 20 salários mínimos de aposentadoria e, atualmente, a mãe, pensionista, recebe apenas dois. Tulio disse que o Brasil está se tornando um “País de velhos” e é preciso pensar alternativas para o setor previdenciário. Segundo ele, “a resposta está nas mãos de deputados federais e senadores.”
Na opinião do especialista, o assunto é complexo porque a Previdência Social é uma área de conflitos permanentes ao longo dos governos. Neto sugeriu que a Câmara envie moção de apoio à aprovação, pelos parlamentares paranaenses no Congresso Nacional, de projetos de lei em tramitação que preveem reajustes aos benefícios previdenciários e o fim do fator previdenciário, que rege os cálculos do benefício. Deu, ainda, munição aos aposentados e pensionistas, para que auxiliem na luta pela melhora no sistema previdenciário junto ao governo federal.
Seguridade social significa articular previdência, saúde e assistência, políticas integradas e complementares, financiadas pela União, Estados, Distrito Federal e municípios, além das contribuições sociais. Para Neto, “a Previdência Social envolve muito dinheiro e, onde há dinheiro, há cobiça”, disse, explicando que ao invés de déficit, como é divulgado pela mídia mensalmente, há superávit na seguridade social. Porém, os governos destinam estes recursos para outras áreas. “No ano passado, R$ 192,4 bilhões foram utilizados em outras áreas que não saúde, previdência e assistência social, como rege a legislação. Outros R$ 190 bi foram utilizados para ajuste fiscal do governo, quando deveriam ir para a Previdência.”
A necessidade de registrar em carteira todo e qualquer trabalhador para que tenha direito à aposentadoria também foi destacada. “Contribuir com a Previdência é obrigatório. As pessoas não valorizam e acabam não contribuindo”, disse, lamentando que mais de 50% dos trabalhadores no País sejam informais, sem garantia de direito trabalhista algum no futuro. No Paraná, informou que são mais de 1,5 milhão de aposentados e pensionistas, sendo que mais de 1 milhão ganha apenas um salário mínimo, 447 mil, entre um e cinco, e apenas 186 recebem mais de dez salários. Do total, 573 mil são trabalhadores rurais.
Vereadores
Participaram do evento os vereadores Juliano Borghetti (PP) e Algaci Tulio (PMDB). Borghetti falou da importância do debate na Casa, já que, um dia, todos estarão aposentados e não vão querer ser abandonados quando mais precisarem. Citou o exemplo do pai, que chegou a receber 20 salários mínimos de aposentadoria e, atualmente, a mãe, pensionista, recebe apenas dois. Tulio disse que o Brasil está se tornando um “País de velhos” e é preciso pensar alternativas para o setor previdenciário. Segundo ele, “a resposta está nas mãos de deputados federais e senadores.”
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba