Após incêndio, Câmara lamenta destruição do Museu Nacional

por Assessoria Comunicação publicado 03/09/2018 14h45, última modificação 28/10/2021 09h41
O incêndio que destruiu o acervo do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), repercutiu na sessão desta segunda-feira (3) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). O fogo começou por volta das 19h30 de domingo (2) e foi controlado nesta madrugada. Fundada por dom João VI, a instituição havia completado 200 anos em junho passado. Sede do primeiro museu brasileiro desde 1892, o Palácio de São Cristóvão também foi residência oficial da família real, de 1816 a 1821.

O local ainda sediou a primeira Assembleia Constituinte da República, entre novembro de 1890 e fevereiro de 1891. Desde 1946 vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Museu Nacional tem um perfil acadêmico e científico. Destacavam-se, no acervo de 20 milhões de itens: Luzia, o crânio humano mais antigo das Américas; Bendegó, o maior meteorito já encontrado no Brasil (que resistiu às chamas); a primeira coleção de múmias da América Latina; a coleção de arte e de artefatos greco-romanos que pertenceram à imperatriz Teresa Cristina, esposa do imperador dom Pedro II; e o maior dinossauro já montado no país.

Representante da CMC no Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Curitiba, Julieta Reis (DEM) disse que “o que se perdeu com o incêndio é irreparável”. “Os bombeiros chegaram lá por volta das 20h30. Ou seja, uma hora depois”, declarou ela, que citou os hidrantes que não funcionavam, no começo do combate ao fogo, e os problemas de manutenção que o museu enfrentava. O contrato de R$ 21 milhões assinado em junho, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para a revitalização do prédio histórico, de nada servirá para recuperar o acervo da instituição, avaliou a vereadora (o dinheiro ainda não foi liberado).

“Sem falar nos mais de 90 pesquisadores que perderam seus trabalhos de anos e anos. Quatro bibliotecas se perderam. Uma questão inenarrável”, continuou a vereadora. “O prefeito [do Rio, Marcelo Crivella] veio dizer que tem a planta e vai recuperar tudo. Da história não vai recuperar nada.” O presidente da Casa, Serginho do Posto (PSDB), pediu que a destruição do Museu Nacional constasse no minuto de silêncio observado na sessão desta segunda. “É uma perda lastimável”, apontou ele.

“É uma total falta de gestão, total falta de consideração. Mostra o quanto nosso país está perdido, afundado em corrupção, em um sistema que não funciona mais. Fica o repúdio às autoridades, a toda a burocracia”, afirmou Felipe Braga Côrtes (PSD). “Agora um fica jogando para o outro. É uma perda para a cultura brasileira”, declarou Maria Manfron (PP). “Não fugimos a este debate. Firmamos convênios com o Arquivo Público [Municipal] e com a Casa da Memória, para que nossos documentos fossem preservados, e estamos fazendo obras para que esta Casa seja preservada”, acrescentou o primeiro-secretário da CMC, Bruno Pessuti (PSD).

Restrições eleitorais
Em respeito à legislação eleitoral, a divulgação institucional da CMC será controlada editorialmente até o dia 7 de outubro. Não serão divulgadas informações que possam caracterizar uso promocional de candidato, fotografias individuais dos parlamentares e declarações relacionadas aos partidos políticos. As referências nominais aos vereadores serão reduzidas ao mínimo razoável, de forma a evitar somente a descaracterização do debate legislativo – e ainda que nestas eleições só metade dos parlamentares sejam candidatos, as restrições serão aplicadas linearmente a todos os mandatos (leia mais). Você pode ver os discursos dos vereadores na íntegra em nosso YouTube.