Atendendo convite do vereador Elias Vidal (PFL), a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Curitiba foi ocupada, nesta quarta-feira (09), pelo professor Sebastião Ramos Gonzaga, apicultor e presidente da Associação Paranaense de Apicultores. Um dos maiores especialistas em apicultura no Brasil, Gonzaga realiza palestras em todo o País e se dedica há anos não só ao trabalho com as abelhas, mas em ensinar a arte da apicultura, sem qualquer custo, a quem se interessa em aprendê-la.
Segundo o professor, a abelha vive apenas 64 dias, mas produz um alimento eterno, utilizado também em centenas de indicações medicamentosas, em todos os países do mundo. “Esportistas dos mais diversos segmentos já deram depoimentos importantes sobre como o mel os ajuda a aumentar sua resistência física”, salientou.
Gonzaga fez uma explanação sobre como a abelha foi trazida ao Brasil, em 1838, quando Dom Pedro II mandou vir de Portugal um número muito grande de enxames, numa viagem de navio que durou quatro meses. Destes, apenas nove vingaram e houve reprodução. Segundo os registros, a abelha surgiu há 90 milhões de anos na Ásia, sendo a profissão de apicultor uma das primeiras do mundo. Dali as abelhas se espalharam por todo o mundo, alcançando os cinco continentes. Em 1956, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, mandou importar abelhas da África, daí porque serem chamadas de africanas. Foram trazidos 150 enxames, os quais foram, aos poucos, dizimando as demais espécies.
Ao terminar sua explanação, Sebastião Ramos Gonzaga destacou algumas das 181 virtudes do mel, como alimento e produto medicinal, lembrando que o Brasil produz, por ano, mais de 8 mil toneladas, sendo um dos maiores produtores do mundo.