Analisada proposta sobre banco de cordão umbilical

por Assessoria Comunicação publicado 22/08/2008 17h20, última modificação 22/06/2021 07h15
Está em tramitação na Câmara de Curitiba projeto que prevê a criação do Banco Municipal de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário. A finalidade da iniciativa é oferecer suporte às atividades de terapia celular, principalmente na manipulação e armazenamento de células destinadas a transplantes em pacientes com doenças onco-hematológicas.
“A proposição trata de um banco de sangue com características não convencionais, dizendo respeito à vida e à possibilidade da coleta de células-tronco”, conforme o projeto. O procedimento de coleta do sangue do cordão umbilical é simples, indolor para a mãe e para o recém-nascido e não expõe a riscos. Pesquisas revelam que as células-tronco são usadas no tratamento de doenças hematológicas, oncológicas, paralisia dos membros superiores e inferiores e desenvolvimento de tecidos musculares, nervosos, pancreáticos, hepáticos e cartilagem.
O documento prevê que o banco de sangue deverá centralizar o recebimento do material coletado pelos hospitais da rede pública que procedam intervenções em parturientes, realizar controle de qualidade e elaborar normas técnicas adequadas e seguras, participar das atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento de recursos humanos, promover a integração de estruturas públicas da rede municipal de hematologia, hemoterapia e criobiologia, prestar assessoramento técnico e implantar medidas para a elaboração de cadastro do material coletado.
As células-tronco ainda são objeto de discussão acadêmica e parlamentar no Brasil. A exemplo da Grã-Bretanha, espera-se com a proposta que o País também tenha viabilizada a utilização de células-tronco rotineiramente, como instrumento de salvaguardar vidas de crianças e adultos.
Regeneração
Há mais de 20 anos, a ciência descobriu que o sangue do cordão umbilical de recém-nascidos contém um tipo de célula com capacidade de regeneração, que pode produzir células idênticas às de diversos tecidos do corpo humano. Experiências mostram que, ao serem transplantadas para a pele, um centímetro quadrado pode evoluir para um metro quadrado de tecido novo em menos de um mês.