Analisada obrigatoriedade de desfibriladores em academias

por Assessoria Comunicação publicado 01/03/2010 19h20, última modificação 29/06/2021 06h30
A obrigatoriedade de aparelhos desfibriladores nas academias, para serem utilizados em casos de paradas cardiorrespiratórias, está prevista em projeto de lei do vereador Zé Maria (PPS), que entrou em discussão no plenário da Câmara de Curitiba nesta segunda-feira (1º). A matéria foi retirada de pauta por dez sessões para ser ampliada, mas já conta com a garantia de voto favorável pela maioria dos vereadores.
O texto original orienta que todas as academias de ginástica de Curitiba tenham desfibriladores cardíacos, que são aparelhos para combater a fibrilação cardíaca mediante choques elétricos no coração, aplicados diretamente ou por meio de eletrodos colocados na parede toráxica. Seguindo as sugestões dos demais parlamentares durante a sessão plenária, o projeto deverá ser alterado, ampliando a abrangência. A proposta é que seja exigido desfibrilador em locais de acordo com o número de pessoas que circulam e em uma maior diversidade de locais.
De acordo com o autor, Zé Maria, o aparelho já é obrigatório em diversos países, assim como em outras cidades brasileiras. “Em Curitiba, a lei já é aplicada nos  estádios e shoppings. São os dois minutos que fazem a diferença e podem salvar vidas”, explicou. Na tribuna, o vereador defendeu a matéria, ressaltando o alto número de casos de doenças do coração que engrossam as estatísticas de morte. A chance de se obter sucesso no atendimento de uma parada cardiorrespiratória depende do atendimento adequado. “Uma taxa de sucesso de 90% no atendimento de vítimas de paradas respiratórias pode ser obtida quando a desfibrilação é realizada no primeiro minuto após o início da ocorrência. A cada minuto que passa, a taxa de sucesso cai entre 7% e 10%”, detalhou Zé Maria.
Participaram do debate os vereadores Denilson Pires (DEM), Jair Cézar (PSDB), Julieta Reis (DEM), Pastor Valdemir Soares (PRB), Tico Kuzma (PSB), Jairo Marcelino (PDT), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Sabino Picolo (DEM) e Algaci Tulio (PMDB). Após as alterações, o projeto deve voltar para discussão e votação em plenário.