Advogados compõem lista tríplice da Ouvidoria de Curitiba

por Assessoria Comunicação publicado 05/12/2016 18h30, última modificação 13/10/2021 09h36

A comissão eleitoral definiu, nesta segunda-feira (5), após quatro rodadas de votações, os candidatos a ouvidor que seguirão para a arguição do plenário da Câmara de Curitiba, nesta quinta-feira (8), a partir das 9h (edital 9/2016). Fazem parte da lista tríplice os advogados Clóvis Augusto Veiga da Costa, que concorre à reeleição; Gustavo de Pauli Athayde, que também é economista; e Maurício de Santa Cruz Arruda, que na última eleição da Ouvidoria também entrou na relação.

> Como votou cada integrante da comissão eleitoral

Na primeira votação nenhuma vaga foi definida, já que cinco candidatos – Clóvis Veiga da Costa; o secretário municipal do Trabalho e Emprego, Fernando Guedes; Gustavo de Pauli Athayde; Maurício de Santa Cruz Arruda; e o vereador Pedro Paulo (PDT) - empataram com quatro votos. Na segunda rodada foi definido o primeiro nome da lista tríplice, o do atual ouvidor, que recebeu oito votos.

Advogado, Clóvis Veiga da Costa tem 47 anos e mestrado em Direito do Estado. No discurso à comissão eleitoral, ele defendeu que “o trabalho em pouco mais de um ano e meio [iniciado em abril de 2015] foi exaustivo”. “Começamos do zero, sem mesa, cadeiras ou computador. Avançamos bastante, mas ainda temos muito o que fazer”, afirmou. “Criamos um site por meio de um software público, do Senado, que não custou nada e hoje é referência. Realizamos diversos convênios. Tivemos a oportunidade de atender mais de 1,8 mil demandas. Depois de junho, conseguimos produzir folders informativos, mas por força do período eleitoral não pudemos distribuí-los. Visitamos diversas entidades, sindicatos, associações”, citou, dentre outras ações.

Ainda na segunda rodada, “caiu” Fernando Guedes. Com cinco votos, os demais candidatos foram para o “terceiro turno”, que definiu, com oito votos, o  segundo nome da lista tríplice. Gustavo de Pauli Athayde, de 32 anos, é advogado e economista, pós-graduado em Gestão Empresarial com ênfase em Novos Negócios e Negócios Internacionais. “Por nunca ter exercido cargo público, nem ter filiação ou ter tido cargo em comissão, acredito ter 100% de isenção, ser apto para desenvolver um serviço para a comunidade”, defendeu à comissão eleitoral. A Ouvidoria, para ele, não está sendo devidamente difundida. Também disse ter atuado como ouvidor de um clube.

Empatados com cinco votos, Pedro Paulo e Maurício de Santa Cruz Arruda, que na última eleição do ouvidor ficou na lista tríplice e perdeu para Costa no plenário, foram para a quarta e última rodada. Este teve cinco votos da comissão eleitoral, contra quatro conquistados pelo vereador. Advogado, Arruda tem 42 anos e já foi ouvidor da Guarda Municipal de Curitiba, da qual atualmente é diretor de Inteligência. Possui especialização em Gestão de Segurança Pública, Direito Penal e Criminologia.

A Ouvidoria, disse Arruda, precisa ser “humana” e “instrumento de cidadania”. “Tem que haver verdadeiramente um elo de ligação. A sociedade está cada vez mais politizada. Nunca devemos deixar o cliente, o cidadão, sem resposta. Será uma Ouvidoria itinerante. Vamos estar nas dez [administrações] regionais, sem gravata”, propôs.

Manifestações
Guedes e Pedro Paulo, que haviam sido alvo de pedidos de impugnações, tiveram os indeferimentos contestados pela Federação Democrática das Associações de Moradores de Curitiba e Região Metropolitana (Femotiba). Os documentos foram enviados à Mesa Diretora da Câmara (disponíveis aqui e aqui, respectivamente). As galerias do Palácio Rio Branco tinham, nesta tarde, cidadãos contrários e favoráveis às suas candidaturas.

À comissão eleitoral, o secretário municipal defendeu seu currículo, sua experiência na administração pública e nas relações com a comunidade. Já o vereador destacou sua atuação com as comunidades de base. “Este segundo mandato [da Ouvidoria], a meu ver, serve para consolidar a instituição. Acho que a relação tem que ser de parceria com a Casa Legislativa. É mais uma porta para ouvir as pessoas e dar visibilidade a problemas individuais e coletivos”, acrescentou Pedro Paulo.

Dos 25 postulantes ao cargo de ouvidor, 23 tiveram as inscrições homologadas e 19 participaram da reunião desta segunda. Não compareceram Cristiane Bariato Fontes, Dalton José Borba, Juliana Helena Pamplona e Ricardo Tadao Ynoue (confira o currículo resumido de todos os candidatos). Mais fotos da reunião estão disponíveis no Flickr da Câmara Municipal de Curitiba.

A comissão eleitoral
Com três vereadores, três representantes da Prefeitura de Curitiba e três entidades da sociedade civil, a comissão eleitoral teve Pier Petruzziello (PTB) como presidente e Bruno Pessuti (PSD) como relator. O Legislativo também foi representado por Julieta Reis (DEM). O Executivo, por sua vez, indicou o secretário municipal do Urbanismo, Reginaldo Cordeiro, o secretário do Governo Municipal, Ricardo Mac Donald Ghisi, e o chefe de gabinete do prefeito, Itamar Abib Neves.

As entidades da sociedade civil se inscreveram para participar do processo e se elegeram entre si. Participaram da comissão a Associação de Moradores e Amigos das Vilas São Fernando e Santa Mônica (Amafemo), a Federação das Entidades Comunitárias e Associações de Moradores do Paraná (Fecampar) e a Associação de Moradores e Amigos da Vila Jerusalém.

A Ouvidoria
Implantada em abril de 2015, a Ouvidoria de Curitiba é responsável pelo controle da administração pública municipal e, apesar de ser vinculada à Câmara, em um modelo inédito no país, possui total autonomia (saiba mais). Cabe ao ouvidor receber manifestações da população, como reclamações, denúncias, dúvidas e elogios, e dar seguimento às solicitações, em busca de soluções para as demandas.

Hotsite
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