Advogado analisa os recursos humanos

por Assessoria Comunicação publicado 01/11/2007 17h10, última modificação 18/06/2021 07h17
Sempre presente nos seminários e congressos promovidos pela Abrascam (Associação Brasileira de Servidores de Câmaras Municipais) e Ascam-PR (Associação de Servidores de Câmaras Municipais do Paraná), o advogado e diretor da Escola de Administração Pública e do Instituto de Pró-Eficiência de Consultoria Organizacional, André Barbi de Souza, abordou o tema “Administração de Recursos Humanos” durante o XV Congresso da Ascam-PR, na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu.
Para Barbi, “partindo da Constituição de 88, podemos fazer uma reflexão evolutiva das câmaras municipais, pois o prefeito representa o município enquanto os Legislativos representam a sociedade. Daí a necessidade das casas de leis se revisarem, pois passaram a ter o poder que antes não tinham. Antes de 88, tínhamos servidores burocratas administrativos fazendo o mínimo do que deveria ser feito numa câmara também mínima”, afirmou.
Segundo o especialista, para reverter a situação é preciso que os Legislativos se reorganizem para atender os anseios da sociedade. E, um fato que deu visibilidade a essa nova necessidade, do ponto de vista funcional e organizacional, foi quando o Tribunal Superior Eleitoral decidiu pela redução do número de vereadores. “Do ponto de vista técnico, não percebemos nenhuma reação da sociedade contra a decisão, que, na prática, diminuiu a democracia. Uma prova é que as câmaras municipais não conseguiram, na sua plenitude, mostrar para a sociedade como é importante para a sua cidadania. Pois, tudo que se decide no município passa pela câmara e não estamos conseguindo mostrar o resultado do que produzimos. Quando as casas de leis se preparam da melhor maneira possível é que estes canais se materializam”, afirmou o especialista.
Capacitação
Dentro deste contexto, pela ótica do especialista, só agora os Legislativos estão entendendo a necessidade da capacitação dos servidores do núcleo administrativo, que representam a confirmação das instituições e que dão garantias ao processo de governabilidade.
Barbi citou a implantação do sistema de recompensa, onde quem trabalha mais ganha mais, como alavancagem para a capacitação. “Hoje, temos a subutilização de servidores sem nenhuma perspectiva. E, o risco que corremos é a perda de grandes talentos profissionais, senão olharmos diferente, revendo a forma que pensamos quanto à legislação do vínculo com o servidor. A matriz não pode mais ser o cargo e sim as pessoas. Precisamos mudar o eixo”, disse.