Adquirido por vereadores, tomógrafo atende 20 mil pessoas por ano
Para agradecer pelo R$ 1,085 milhão que possibilitou a aquisição de um tomógrafo axial computadorizado, o diretor da área de Saúde do Grupo Marista, e responsável pela gestão do Hospital Universitário Cajuru, Álvaro Quintas, esteve hoje (17) na Câmara de Curitiba. Em 2015, o equipamento foi inaugurado e atualmente, segundo Quintas, atende 1,7 mil pacientes por mês, superando 20 mil pessoas ao ano.
O recurso foi obtido graças à contribuição de 32 vereadores (leia mais), via emendas parlamentares, que são pedidos que os vereadores fazem para incluir no orçamento da cidade despesas específicas, como essa voltada à Saúde.
“Por dificuldades do sistema de saúde [municipal], o tomógrafo computadorizado do Hospital Cajuru agora atende toda a rede, as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e outros hospitais”, relatou Álvaro Quintas. “Antes nós tínhamos um tomógrafo de um canal, que era da década de 1990. Este, adquirido com as emendas parlamentares, tem 16 canais. Dá muito mais segurança no diagnóstico, além de possibilitar melhor qualidade de ensino aos futuros profissionais de saúde”, completou.
O vereador Paulo Rink (PR) elogiou a disposição do diretor do Grupo Marista em prestar contas do equipamento na Câmara de Curitiba. “É bom saber que conseguimos colaborar diretamente com a sociedade”, disse o parlamentar. Noemia Rocha (PMDB) perguntou qual novo equipamento poderia ser adquirido, caso as emendas fossem novamente mobilizadas. “Trazer equipamento novo é mais custeio depois, um custo que fica para nós [do hospital]. Estamos no limite do nosso atendimento”, respondeu Quintas.
Responsável pelo Cajuru, ele disse que trará aos vereadores, no segundo semestre, proposta para emendas voltadas à recomposição dos centros cirúrgicos e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), cuja demanda por marca-passos e cardiógrafos, por exemplo, é constante. “Ontem tivermos a triste notícia do fechamento de 400 leitos na Santa Casa da cidade de Belo Horizonte, uma referência de hospital filantrópico. O atendimento tem diminuído [no país] por falta de financiamento”, completou Quintas, “que continua contando com a colaboração [dos vereadores]”.
Emendas parlamentares
Desde 2005, os vereadores de Curitiba têm cota individual para emendas ao orçamento da cidade, estabelecida em consenso com o Executivo e garantida mediante remanejamento de recursos geralmente estocados na rubrica “reserva de contingência”. Para 2017, por exemplo, cada um dos 38 parlamentares pôde indicar até R$ 700 mil em emendas, para reforçar ações institucionais já previstas na Lei Orçamentária Anual.
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