Adiada votação sobre reúso de água em lava cars

por Assessoria Comunicação publicado 17/04/2017 12h10, última modificação 15/10/2021 11h43

Foi adiada por quatro sessões a votação, em primeiro turno, do projeto que previa a obrigatoriedade da reutilização da água em lava cars de Curitiba, que estava pautada para esta segunda-feira (17), na Câmara Municipal de Curitiba. O pedido para o adiamento foi do autor da proposição, Helio Wirbiski (PPS), diante da argumentação do líder do prefeito, Pier Petruzziello (PTB), de que havia pontos no texto que poderiam ser melhor elaborados e de que fosse realizada uma reunião sobre o tema com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA). A proposição volta a plenário no dia 25 de abril.

O projeto de lei obriga o reaproveitamento de água na lavagem de carros em estabelecimentos que oferecem o serviço, como lava cars, estacionamentos, shoppings e postos de combustíveis (005.00023.2017). A proposta prevê a instalação de equipamentos para reúso ou captação, tratamento e armazenamento de água da chuva. Se for aprovado, as empresas terão prazo de seis meses para se adaptar à norma, que sujeita a regulamentação à Prefeitura.

“Na semana passada, Dom [José Antonio] Peruzzo esteve aqui na Câmara (leia mais) e falou sobre a proteção à água e nós já vimos várias crises hídricas. Existe muito desperdício. Atualmente mais de 1 bilhão de pessoas sofre com a falta de água.”, argumentou Wirbiski. “Existem diversas empresas e lava cars que já dispõem de sistemas de reúso de água ou que captam a água da chuva. São equipamentos que vão de R$ 8 mil a R$ 50 mil”, explicou.

Para o vereador Goura (PDT), a preocupação com o meio ambiente deve ser “suprapartidária”. “Este é um panorama que ronda Curitiba, pois bebemos a água que vem de Piraquara, Campo Largo e Quatro Barras”, disse. “Precisamos pensar em projetos de leis para o futuro”, acrescentou Noemia Rocha (PMDB).

“Alguns vereadores me questionaram sobre o custo do equipamento e de se impor isso à iniciativa privada, mas eu lembro que existe um prazo de 180 dias para que estas empresas se adequem”, explicou Helio Wirbiski. Questionado por Jairo Marcelino (PSD), sobre qual seria a punição a quem descumprisse a norma, caso aprovada, Wirbiski explicou que caberia multa de R$ 1.500.