Acidentes de trânsito ferem 500 mil por ano

por Assessoria Comunicação publicado 17/06/2008 19h15, última modificação 21/06/2021 11h14
“Um milhão de acidentes de trânsito acontecem por ano no Brasil, ferindo 500 mil pessoas e matando 25 mil na hora, no próprio local.” A informação é do capitão da Polícia Militar, Alexandre Stange, assessor militar do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), que ministrou palestra sobre segurança e saúde no trabalho e no trânsito, na tarde desta terça-feira (17), na 2ª Semana Municipal de Segurança e Saúde no Trabalho. O evento, que se estende até sexta-feira (20), das 14h às 19h, está acontecendo no auditório do Hotel Paraná & Corporate Suites (Rua Lourenço Pinto, 456). A iniciativa é do vereador Custódio da Silva (PR).
“O motoboy é o profissional mais vitimizado em acidentes de trabalho no trânsito”, disse Stange. Entre as causas dos acidentes, o palestrante destacou o consumo de bebidas alcóolicas, o excesso de velocidade e o não uso do capacete e, em automóveis, do cinto de segurança. “O álcool causa diversos efeitos colaterais no organismo humano, como diminuição da coordenação motora, além de distorcer a visão, comprometer o raciocínio e a concentração, reduzir o espírito crítico e a capacidade de julgamento e causar degeneração física e mental”, explicou.
Stange fez, ainda, um comparativo da violência no trânsito em nível mundial, destacando o Japão, que tem a menor porcentagem de pessoas mortas para cada 10 mil veículos, com 1,6%, seguido dos Estados Unidos, 1,8%; Alemanha, 1,9%; Suíça, 2,2%; França, 2,6%, e Brasil, 11,8%. “Para sobreviver no trânsito, precisamos respeitar as normas gerais de circulação, prestar atenção e manter a velocidade baixa”, informou, concluindo que “precisamos de mobilidade social em busca de um comportamento seguro no trânsito, cuidando da sua segurança e daquele que trafega ao seu lado”. Outros temas foram discutidos na tarde desta terça-feira, como os riscos em atividades urbanas de eletricidade, ministrado pelo técnico em segurança da Companhia Paranaense de Energia (Copel), João Flávio Teixeira; segurança do trabalho nas obras da Linha Verde em Curitiba, por Marion da Silva Sattes, gestor de segurança do trabalho da Camargo Corrêa S/A; condições de segurança do transporte coletivo de Curitiba, por Rubem Penteado de Melo, diretor da Transech Engenharia e Inspeção Ltda; agrotóxicos no cinturão verde de Curitiba, solução ou problema, por Adir de Souza, presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado do Paraná (Sintespar), e teatro, com Silvio Espanto, e o show do milho em grão, com Elias Arte Estripolias.
Quarta-feira
Nesta quarta-feira (18), os trabalhos iniciarão às 14h com palestra sobre o Programa de Ergonomia dos Correios, com o diretor da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC), Areovaldo Alves de Figueiredo, e o gerente de RH do ETC, Mario Vicente. Às 14h40, Gladir Antônio Basso, presidente da Federação dos Bancários do Paraná, vai falar de “Saúde ocupacional dos bancários”. Às 15h20, o tenente do 1º Grupamento do Corpo de Bombeiros, Ivan Ricardo Fernandes, vai analisar a “Regularização de edifícios à luz dos códigos e normas de prevenção de incêndio e pânico”.
A saúde dos trabalhadores da construção civil de Curitiba será o tema da palestra do presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado do Paraná (Fetraconspar), Geraldo Ranthun.
Abertura
A abertura do evento aconteceu nesta segunda-feira (16), às 14h, com a apresentação do coral infanto-juvenil RVS Music. Em seguida, começaram os debates. Os professores Marlus Forigo e Airton Neubauer e o coordenador do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cid Cordeiro, ministraram palestra sobre globalização, acidentes e qualidade de vida no trabalho. Mey Rose Rink, chefe do Centro Estadual da Fundacentro; Iara Freire e Evilásio Francisco Pinheiro, da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador de Curitiba, e Bruno Caruso Bilbao Adad, do Serviço Nacional da Indústria (Senai), falaram sobre pesquisa, desenvolvimento e prevenção em saúde ocupacional. Após as palestras, houve uma roda de debates.