Acessibilidade e combate à pedofilia são temas de comissão

por Assessoria Comunicação publicado 06/04/2010 13h50, última modificação 29/06/2021 08h34
A Comissão de Urbanismo e Obras Públicas da Câmara Municipal de Curitiba deu parecer favorável, nesta terça-feira (6), a projetos que incentivam a acessibilidade e promovem o combate à pedofilia dentro da capital. Os trabalhos foram conduzidos pelo vereador Tico Kuzma (PSB), presidente da comissão, com a participação de Felipe Braga Côrtes (PSDB), Julieta Reis (DEM) e Jonny Stica (PT).
Com o aval da comissão ao projeto do presidente da Câmara, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), os ônibus do transporte coletivo podem ganhar placas informativas, contendo mensagens sobre prevenção e combate à pedofilia e ao abuso sexual contra crianças e adolescentes. A divulgação inclui o número do disque-denúncia, o Disque 100, especial para esse tipo de ocorrência. O objetivo do parlamentar é ampliar as ações de combate a este tipo de crime, aumentando a rede de proteção. “A informação e conscientização são importantes armas contra aqueles que assediam as crianças”, diz Derosso.
O outro projeto é de autoria da vereadora Renata Bueno (PPS) e cria no município o Certificado-Inclusão e o Selo-Inclusão, a serem concedidos às pessoas físicas ou jurídicas que adaptarem suas edificações às normas de acessibilidade e treinarem seus funcionários para atender a esse público, eliminando as barreiras arquitetônicas e sociais. A meta é melhorar as condições de vida das pessoas idosas e dos portadores de necessidades especiais, garantindo o livre exercício da cidadania.
Vidros espelhados

Durante a reunião, os membros da comissão também debateram  projeto da vereadora Julieta Reis (DEM) que regulariza áreas envidraçadas em edificações da capital, em especial aquelas de superfície espelhada. O engenheiro civil Ricardo Antunes de Macedo, especialista em execução de fachadas, proprietário da empresa Hedron e sócio da Engevidros, que atuam no setor, foi convidado para participar. Ele explicou os avanços tecnológicos do setor, informando a tendência de baixa no uso dos vidros espelhados em novas construções. "As grandes empresas exigem a certificação, buscam selos internacionais, como o Green Building, que desestimulam materiais antigos, que aproveitam mal a luminosidade natural", explica Macedo.
O engenheiro civil adiantou que já está em fase adiantada um estudo conjunto do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para criar um selo nacional para o setor da construção civil. Para a emissão do certificado, as obras serão avaliadas em três quesitos: uso da iluminação, regime de ar condicionado e envoltória (fachada). Uma vez avaliados, a edificação receberá um selo semelhante ao do Procel, comum em aparelhos eletrodomésticos, que indica as taxas de consumo elétrico do produto. A informação foi recebida pelos vereadores e será incorporada ao projeto.