Academias podem vir a realizar exames médicos

por Assessoria Comunicação publicado 21/09/2006 18h35, última modificação 11/06/2021 08h42
Projeto de lei de autoria do vereador Zé Maria obriga a apresentação de atestado médico de aptidão física em academias de ginástica e similares em Curitiba. O documento determina, ainda, que o atestado deve ser renovado a cada 12 meses, arquivado e anotado na ficha do aluno. O não cumprimento pode implicar na cassação da licença de funcionamento do estabelecimento.
“É dever do Poder Público proteger e alertar seus cidadãos e, como forma de prevenção, estabelecer a obrigatoriedade da realização do exame médico, a fim de atestar a capacidade e a aptidão, para evitar danos físicos e mentais com uma prática física inadequada”, justifica o vereador.
Poucas academias dispõem de médicos para uma avaliação imediata, no ato da matrícula. Situações anômalas de saúde, como diabetes, hipertensão, problemas ortopédicos, cardíacos ou escoliose, podem ser identificadas na avaliação médica.
Na realização de exercícios físicos ocorre a liberação de endorfinas, responsáveis pelo bem-estar e pela sensação de prazer, estimulando o indivíduo a realizar mais atividades físicas, causando estresse aos músculos, sobrecarregando a coluna, as articulações, etc. O modo mais eficaz de identificar indivíduos portadores de doenças e que não apresentam sintomas é a avaliação médica periódica.
“Com dia-a-dia agitado, especialmente nos grandes centros urbanos, o indivíduo não pratica atividades físicas, imprescindíveis para a conservação da saúde física e mental”, afirma Zé Maria.
Números
Dados nacionais apontam que 70% da população é classificada como sedentária. Cientes deste problema, muitas pessoas buscam academias de ginástica, clubes e ginásios de esportes. Porém, muitas não conhecem suas reais condições de saúde e, conseqüentemente, não se apresentam aptas a suportar a bateria de exercícios a que serão submetidas.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no mundo moderno, podendo manifestar-se através de infarto do miocárdio, e levando à morte súbita.  Até 60% dos infartos podem ser silenciosos.