Academias ao ar livre precisam de profissionais especializados
Curitiba conta com 125 academias ao ar livre e mais de duas mil solicitações para a instalação de novos equipamentos já foram encaminhadas à prefeitura. Mas, de acordo com o presidente do Conselho Regional de Educação Física da 9ª Região do Paraná (CREF9/PR), Antônio Eduardo Branco, o poder público precisa investir na contratação de profissionais especializados para assistir a população, antes de ampliar o serviço.
A afirmação foi feita durante a Tribuna Livre desta quarta-feira (24). A convite do líder do PSC, Mestre Pop, Branco falou aos vereadores sobre a importância do educador físico nas academias, para prevenir o mau uso dos equipamentos por parte dos usuários, que pode acarretar lesões sérias. “Todo o cidadão tem o direito sagrado de ter a assistência de um profissional de educação física”, disse, ao lembrar que a prefeitura é responsável por qualquer acidente que ocorra nos equipamentos públicos, conforme previsto pela Lei Federal 9.696/98.
O pedido do convidado veio ao encontro de sugestão do vereador, encaminhada à prefeitura, para a colocação dos educadores físicos nos locais onde estão instaladas as academias. “Queremos esclarecer a importância da promoção da saúde. Nos últimos dois anos, as academias ao ar livre se popularizaram em Curitiba. Mas faltam profissionais para o acompanhamento dos usuários”, frisou.
Na tribuna, Mestre Pop reafirmou aos colegas ter ouvido relatos de pessoas que sofreram lesões em decorrência do uso inadequado dos equipamentos. “Muitas são idosas, que têm problemas de saúde, agravados quando fazem exercícios de forma incorreta. Eu já vi um senhor de 70 anos na academia ao ar livre às 11 horas da manhã, com sol à pino. Ele já havia sofrido um acidente vascular cerebral. Isso é grave”, completou.
Mestre em Ergonomia e especialista em Fisiologia do Exercício e do Desporto, João Eduardo Vieira explicou que o mau uso dos aparelhos não só agrava problemas de saúde mas contribui para o surgimento de novas enfermidades. Ele acredita que é necessária a presença dos educadores físicos nas academias, pelo menos em horários de maior movimento. “Não podemos desprezar os equipamentos, mas precisamos usar o bem público para o bem das pessoas. É questão de otimizar, formar grupos homogêneos para utilizar os equipamentos de forma correta”.
A contratação dos profissionais, no entanto, é dificultada pela falta de recursos. “Para colocarmos um educador físico em cada academia seriam necessários R$ 5 milhões, sendo que o orçamento da Secretaria Municipal de Esporte é de R$ 7 milhões”, explicou Antônio Branco. Para minimizar o problema, ele sugeriu que o Executivo isente impostos das academias particulares que abrirem espaço para pessoas carentes, em horários de menor movimento.
Ainda conforme o presidente do conselho, a parceria entre o Executivo e as empresas beneficiaria, principalmente, idosos, diabéticos e hipertensos, que teriam a oportunidade de praticar atividades físicas em ambiente adequado. “Além disso, ajudaria a promover maior qualidade de vida aos cidadãos, o que diminuiria as filas em unidades de saúde e, consequentemente, reduziria os gastos com atendimento”, concluiu.
Sensibilizados à causa, vários vereadores manifestaram apoio à sugestão de Mestre Pop. “Precisamos sugerir ao Executivo alternativas para melhorar o serviço, já que é impossível conseguir colocar um profissional de educação física em cada uma das 125 academias hoje existentes”, ponderou o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT). Jorge Bernardi (PDT), por sua vez, pediu que a administração municipal considere a ideia de isenção de tributos, proposta por Branco.
“Sabemos que a isenção é muito difícil, porque requer um procedimento jurídico muito grande e as prefeituras sempre estão no seu limite do orçamento tributário. Mas é preciso estar atento à importância desse incentivo, haja vista que um sujeito de 1,90 metros exige uma regulação diferente do aparelho do que um sujeito que tenha 1,60. E os aparelhos das academias não têm essa regulação”, explicou o convidado.
Outros parlamentares que participaram do debate foram Valdemir Soares (PRB), Aldemir Manfron (PP), Tico Kuzma (PSB), Cristiano Santos (PV), Helio Wirbiski (PPS), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Bruno Pessuti e Carla Pimentel, ambos do PSC.
A afirmação foi feita durante a Tribuna Livre desta quarta-feira (24). A convite do líder do PSC, Mestre Pop, Branco falou aos vereadores sobre a importância do educador físico nas academias, para prevenir o mau uso dos equipamentos por parte dos usuários, que pode acarretar lesões sérias. “Todo o cidadão tem o direito sagrado de ter a assistência de um profissional de educação física”, disse, ao lembrar que a prefeitura é responsável por qualquer acidente que ocorra nos equipamentos públicos, conforme previsto pela Lei Federal 9.696/98.
O pedido do convidado veio ao encontro de sugestão do vereador, encaminhada à prefeitura, para a colocação dos educadores físicos nos locais onde estão instaladas as academias. “Queremos esclarecer a importância da promoção da saúde. Nos últimos dois anos, as academias ao ar livre se popularizaram em Curitiba. Mas faltam profissionais para o acompanhamento dos usuários”, frisou.
Na tribuna, Mestre Pop reafirmou aos colegas ter ouvido relatos de pessoas que sofreram lesões em decorrência do uso inadequado dos equipamentos. “Muitas são idosas, que têm problemas de saúde, agravados quando fazem exercícios de forma incorreta. Eu já vi um senhor de 70 anos na academia ao ar livre às 11 horas da manhã, com sol à pino. Ele já havia sofrido um acidente vascular cerebral. Isso é grave”, completou.
Mestre em Ergonomia e especialista em Fisiologia do Exercício e do Desporto, João Eduardo Vieira explicou que o mau uso dos aparelhos não só agrava problemas de saúde mas contribui para o surgimento de novas enfermidades. Ele acredita que é necessária a presença dos educadores físicos nas academias, pelo menos em horários de maior movimento. “Não podemos desprezar os equipamentos, mas precisamos usar o bem público para o bem das pessoas. É questão de otimizar, formar grupos homogêneos para utilizar os equipamentos de forma correta”.
A contratação dos profissionais, no entanto, é dificultada pela falta de recursos. “Para colocarmos um educador físico em cada academia seriam necessários R$ 5 milhões, sendo que o orçamento da Secretaria Municipal de Esporte é de R$ 7 milhões”, explicou Antônio Branco. Para minimizar o problema, ele sugeriu que o Executivo isente impostos das academias particulares que abrirem espaço para pessoas carentes, em horários de menor movimento.
Ainda conforme o presidente do conselho, a parceria entre o Executivo e as empresas beneficiaria, principalmente, idosos, diabéticos e hipertensos, que teriam a oportunidade de praticar atividades físicas em ambiente adequado. “Além disso, ajudaria a promover maior qualidade de vida aos cidadãos, o que diminuiria as filas em unidades de saúde e, consequentemente, reduziria os gastos com atendimento”, concluiu.
Sensibilizados à causa, vários vereadores manifestaram apoio à sugestão de Mestre Pop. “Precisamos sugerir ao Executivo alternativas para melhorar o serviço, já que é impossível conseguir colocar um profissional de educação física em cada uma das 125 academias hoje existentes”, ponderou o líder do prefeito, Pedro Paulo (PT). Jorge Bernardi (PDT), por sua vez, pediu que a administração municipal considere a ideia de isenção de tributos, proposta por Branco.
“Sabemos que a isenção é muito difícil, porque requer um procedimento jurídico muito grande e as prefeituras sempre estão no seu limite do orçamento tributário. Mas é preciso estar atento à importância desse incentivo, haja vista que um sujeito de 1,90 metros exige uma regulação diferente do aparelho do que um sujeito que tenha 1,60. E os aparelhos das academias não têm essa regulação”, explicou o convidado.
Outros parlamentares que participaram do debate foram Valdemir Soares (PRB), Aldemir Manfron (PP), Tico Kuzma (PSB), Cristiano Santos (PV), Helio Wirbiski (PPS), Felipe Braga Côrtes (PSDB), Bruno Pessuti e Carla Pimentel, ambos do PSC.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba