Aborto gera debate no plenário da Câmara

por Assessoria Comunicação publicado 11/09/2007 19h45, última modificação 17/06/2021 09h51
O aborto foi tema de longa discussão durante a sessão plenária da Câmara de Curitiba, nesta terça-feira (11). O presidente da Comissão de Saúde, Bem-Estar Social e Meio Ambiente, vereador Angelo Batista (PP), deu início ao debate, reafirmando sua posição a favor da vida.
O parlamentar clamou que, durante a votação da proposta que tramita na Câmara Federal, os parlamentares “não sejam levados pelo comodismo da vida moderna e contribuam para a vida humana”, disse, na tribuna. O vereador João do Suco (PSDB), idealizador da Frente Parlamentar a Favor da Vida contra o Aborto, criada juntamente com o presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), informou que já foram arrecadadas cerca de 700 mil assinaturas pela não aprovação da legalização do aborto e o objetivo é atingir um milhão.
“Não somos liberais a este ponto, isso vai contra a nossa cultura”, considerou Nely Almeida (PSDB), que defende o planejamento familiar. O petista André Passos lembrou que, recentemente, presenciou, ao lado da vereadora Roseli Isidoro (PT), a entrega de um abaixo-assinado pelo padre Reginaldo Manzoti ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra o aborto. “Foi um momento muito emocionante”, disse.
Opção
“Nenhuma mulher quando pratica o aborto faz de maneira tranqüila”, ressaltou a vereadora Professora Josete (PT), informando que o que está sendo efetivamente debatido não é uma lei a favor do aborto, mas sim a descriminalização das mulheres que praticam aborto. “A mulher não tem que ser punida, considerada criminosa por isso”. Josete explicou que a proposta visa a garantia de segurança à vida das mulheres. “As mulheres de baixa renda colocam suas vidas em risco, em clínicas clandestinas, se comparadas às mulheres com boas condições financeiras, que também fazem aborto”, finalizou, considerando o aborto uma opção íntima das mulheres.