“Vacina boa é no braço. Vacina é um pacto pela vida”, diz frente parlamentar
A série de lives estreou na semana passada. O debate de ontem foi mediado pelas jornalistas da CMC, Michelle Stival da Rocha e Pedritta Marihá Garcia. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Primeira a ser registrada na 18ª legislatura, em fevereiro deste ano, a Frente Parlamentar de Acompanhamento do Plano de Vacinação de Curitiba Covid-19 apresentou seu balanço parcial na segunda transmissão da série de livestreams do Instagram da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Mediado pelas jornalistas do Legislativo, Michelle Stival da Rocha e Pedritta Marihá Garcia, o debate aconteceu na noite desta quinta-feira (5) e pode ser conferido na íntegra, na rede social.
Marcos Vieira (PDT), presidente da frente parlamentar, e Noemia Rocha (MDB), vice-presidente, reforçaram a importância da vacinação contra o coronavírus para que a cidade volte à normalidade o quanto antes. Na live, os representantes da frente parlamentar ainda destacaram que o grupo tem atingido o seu objetivo, que é de contribuir com a cidade, levando informações à população, “sendo um elo com a SMS”, como disse o vereador, e fiscalizando pontos de vacinação e calendário de aplicação dos imunizantes.
Até o fim de julho, A Frente Parlamentar de Acompanhamento da Vacinação da Covid-19 promoveu seis reuniões técnicas. Marcos Vieira lembrou que a pandemia não só provocou uma crise sanitária, como também uma crise social e econômica e que, nesses encontros com especialistas, as informações coletadas pela frente ajudaram no compartilhamento de informações sobre o plano municipal de imunização e como ele é dependente do Ministério da Saúde.
Além da secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, a frente parlamentar também se reuniu com o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, o diretor de Epidemiologia da SMS, Alcides Oliveira, e pesquisadores da UFPR (Universidade Federal do Paraná). Nesses encontros, os vereadores puderam entender não só como é feita a gestão da distribuição das vacinas, como também sobre os efeitos da covid-19 no setor econômico; as mutações da doença; e como está sendo o desenvolvimento do imunizante da UFPR.
“Uma das principais preocupações [da frente parlamentar] é a disseminação de informações contra a vacinação”, informou Noemia Rocha, ao justificar porque o grupo fez questão de realizar as reuniões técnicas com especialistas, além de percorrer os pontos de imunização. Entre as demandas encaminhadas pela frente à Secretaria de Saúde, contou o presidente, está a solicitação para que os pesquisadores de Curitiba, que ganharam bolsas de estudos para fora do país, pudessem ser imunizados o quanto antes para que pudessem viajar para o exterior.
A vice-presidente também lembrou que em março deste ano, os 10 vereadores da frente parlamentar, juntamente com os outros 28 que formam a Câmara de Curitiba, fizeram um esforço concentrado para aprovar as autorizações para a compra de vacinas pelo Município e via consórcio intermunicipal – respectivamente, as leis municipais 15.815/2021 e 15.814/2021). “O município quis se adiantar, guardar um fundo para a compra, mas a normativa do governo federal [para a compra dos imunizantes] foi diferente.”
Além da votação dos projetos da prefeitura, a frente parlamentar também procurou sugerir mudanças na execução do plano de imunização e a ampliação dos grupos de risco, conforme demandas da própria população. No entanto, conforme alertaram Marcos Vieira e Noemia Rocha, as sugestões não têm força de lei e coube e ainda cabe ao Poder Executivo acatá-las ou não, conforme o que determina o plano nacional de vacinação contra a covid-19.
Sem críticas incisivas à gestão do plano municipal, os vereadores ainda destacaram a marca de 1 milhão de vacinados em Curitiba, em 26 de julho, número que só não foi atingido antes devido à execução do Plano Nacional de Imunização, que começou a distribuir as doses para estados e municípios tardiamente. Marcos Vieira reconheceu que Curitiba tem a capacidade de vacinar cerca de 30 mil pessoas por dia – conforme anunciado pelo prefeito Rafael Greca, na abertura do 2º período legislativo de 2021 – e que isso se deve à “estrutura robusta” do Sistema Único de Saúde, mas a cidade é dependente depende do envio de vacinas pelo governo estadual, que recebe as doses do governo federal.
Vacina boa é vacina no braço
“Vacina boa é vacina no braço, como já diz o jargão”, defendeu Marcos Vieira, ao ser questionado sobre o risco que as pessoas correm em optar por escolher determinado imunizante em detrimento do que estiver disponível no momento da vacinação. Para o vereador, a normalidade só irá voltar se toda a população estiver imunizada. “A grande esperança é a vacina, para termos a proteção e tranquilidade para voltarmos à vida normal. Porque mesmo sendo infectado você não vai ter o agravamento da doença.”
Tanto o presidente da frente parlamentar quanto a vice pediram que a população confie na ciência e procure se informar por fontes confiáveis a respeito dos imunizantes que estão sendo distribuídos. “Independente do nome, do laboratório, a vacina tem resultado”, analisou Noemia Rocha. “A ciência tem mostrado que foram as vacinas que venceram as grandes pandemias. Quanto mais rápido a vacina chegar e quanto mais rápido as pessoas se vacinarem, mais rápido a gente vai poder voltar à vida normal”, frisou o vereador.
“Existem grupos que trabalham contra a vacinação, que falam do direito de ir e vir. É verdade, você tem direito de ir e vir, mas a vacina é importante. É preciso analisar os dados, ver que há queda das mortes, queda na contaminação. ‘Ah, mas ela não teve experimentos suficientes...’ Ora, nós estamos numa pandemia, não dá para ficar esperando. Temos resultados importantes e não dá para esperar”, finalizou a vice-presidente da Frente Parlamentar de Acompanhamento do Plano de Vacinação da Covid-19.
Além dos dois parlamentares, outros oito integram a Frente Parlamentar de Acompanhamento do Plano de Vacinação de Curitiba Covid-19: Carol Dartora (PT), Dalton Borba (PDT), Herivelto Oliveira (Cidadania), Maria Leticia (PV), Professor Euler (PSD), Professora Josete (PT), Renato Freitas (PT) e Tito Zeglin (PDT).
Série de livestreams
A série de livestreams (transmissões ao vivo) no perfil do Instagram da Câmara sobre o trabalho legislativo estreou no dia 29 de julho, com a participação da Frente Parlamentar do Retorno Seguro às Aulas. Na próxima quinta-feira (12), o debate será sobre a campanha Agosto Lilás, de conscientização sobre a violência doméstica. Estão confirmadas as participações das vereadoras Maria Leticia (PV) e Carol Dartora (PT), respectivamente procuradora da Mulher e procuradora-adjunta da Mulher no Legislativo. Osias Moraes (Republicanos), vereador que tem forte atuação na área, também estará na live.
O formato de live do Instagram permite que os espectadores interajam, em tempo real, com comentários e perguntas. A série deverá fluir de acordo com os temas em pauta no Legislativo, além da disponibilidade de vereadores e outros participantes. Por isso, para não perder nenhuma, siga o perfil da CMC no Instagram e fique por dentro de tudo que está acontecendo.
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