“Sinal positivo”: CMC aprova saída de Curitiba do consórcio de vacinas
Líder do governo, Pier Petruzziello explicou, em plenário, que o consórcio não chegou a ser acionado pela prefeitura. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)
Por unanimidade, com 32 votos favoráveis, nesta terça-feira (7), os vereadores da capital autorizaram a saída da Prefeitura de Curitiba do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras. Chamado de Conectar, o consórcio foi criado pela Frente Nacional de Prefeitos, com o objetivo de ser uma alternativa para a aquisição direta de vacinas contra a covid-19. Na prática, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aceitou revogar a lei 15.815/2021, anulando a adesão do Executivo ao Conectar (005.00121.2022).
“Não foi concretizada a compra de vacinas contra covid-19 por intermédio do Conectar, tendo sido suprida [a demanda] pelo Ministério da Saúde”, diz a justificativa do projeto de lei, assinada pelo prefeito Rafael Greca. Ele cita que a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) pediu a saída do consórcio, pois a SMS “já tem estabelecido processos de aquisição de medicamentos e insumos de acordo com os protocolos clínicos do SUS, o que torna desnecessária a atuação consorciada”.
“Não há interesse público na permanência no consórcio”, ratificou, em plenário, o líder do governo, Pier Petruzziello (PP), comemorando que “Curitiba é uma das capitais que mais avançou na vacinação”. “Naquela época difícil, de uma pandemia nunca vista na nossa época, a Câmara cumpriu o seu papel, autorizando o ingresso no consórcio rapidamente, e agora a retirada sinaliza positivamente a passagem dessa crise”, concordou Serginho do Posto (União). “A pandemia está ficando para trás”, comemorou Amália Tortato (Novo).
Segundo a Prefeitura de Curitiba, desde o início da pandemia de covid-19 na cidade, no dia 11 de março de 2020, foram diagnosticados cerca de 581 mil casos e registrados 8.666 falecimentos em decorrência da doença. Com o avanço da imunização – 85,77% de cobertura vacinal total –, as novas ondas da doença têm sido bem menos letais, a ponto da média móvel de óbitos para a última semana estar abaixo de 1 falecimento por dia, apesar do aumento de casos registrado em janeiro de 2023.
Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Curitiba