CPI do Transporte divulga balanço das empresas na internet
Todos os documentos entregues pelo Setransp à CPI do Transporte Coletivo no dia 16/08, num total de duas mil páginas, já estão digitalizados e publicados no site da Câmara Municipal. (Foto - Anderson Tozato)
Cumprindo com o que foi acordado entre a CPI do Transporte Coletivo e os contadores do Setransp (Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana) no dia 16 de agosto, a equipe técnica da comissão de inquérito digitalizou todos os documentos entregues pelo sindicato aos vereadores da Câmara de Curitiba. Na ocasião, Valmir Monbach e Vinicios Gapski entregaram cerca de duas mil páginas à CPI (seis volumes encadernados), que agora estão disponíveis para consulta pública na internet.
O material está dividido em quatro seções diferentes, na página da CPI do Transporte na internet (link aqui). No primeiro bloco de documentos está o relatório consolidado da auditoria feita pela consultoria Muller & Prei nos três consórcios que operam em Curitiba (link aqui). Também foram criadas divisões para a documentação de cada consórcio: Pioneiro, Pontual e Transbus. As empresas de ônibus alegam prejuízo contábil de R$ 26 milhões desde a assinatura dos contratos com a Urbs (32 meses atrás).
A documentação entregue pelos técnicos da Setransp é pública e será verificada pelos membros da CPI, formada por Jorge Bernardi (PDT), presidente, Bruno Pessuti (PSC), relator, Serginho do Posto (PSDB), vice-presidente, Valdemir Soares (PRB), vice-relator, Chicarelli (PSDC), Chico do Uberaba (PMN), Cristiano Santos (PV), Geovane Fernandes (PTB), Mauro Ignacio (PSB), Noemia Rocha (PMDB), Paulo Rink (PPS), Professora Josete (PT) e Toninho da Farmácia (PP).
Linhas de investigação
Com o objetivo de tentar baixar a tarifa, a CPI do Transporte Público da Câmara Municipal de Curitiba está focada em quatro pilares de investigação. Um deles é o suposto lucro excessivo das empresas, que, segundo Jorge Bernardi, deve passar de R$ 100 milhões. O segundo é o processo licitatório, com indícios de irregularidades. Há a desconfiança, entre os integrantes do colegiado, de que foram concedidos benefícios para empresas que já estavam no sistema.
Investiga-se também a composição tarifária. “Há suspeita de superfaturamento no processo de manutenção das catracas, conforme admitiu a Dataprom”, complementou o presidente da CPI. A quarta linha de investigação é sobre a suspeita de falta de recolhimento do Imposto Sobre Serviços (ISS) das empresas do sistema.
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